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Ratos no chão e alvará fraudulento: a situação da fábrica de café fiscalizada em Uberaba

Foi finalizado o relatório da Vigilância Sanitária municipal sobre as condições encontradas na fábrica de café interditada em Uberaba na última quinta-feira (11), e os fiscais constataram desde a presença de ratos nos aparelhos de torrefação até o uso de um alvará irregular, em uma espécie de fraude documental.

As informações são da chefe do Departamento de Vigilância Sanitária, Luiza Vilela, em entrevista à Rádio JM, nesta terça-feira (16). Luiza revela que, ao todo, foram 83 “não conformidades” encontradas no estabelecimento no bairro São Cristóvão. A ViSa foi acionada após os laudos da Fundação Ezequiel Dias (Funed) que apontaram indícios de perigos aos consumidores.

“Quem nos notificou foi a regional do Estado, por meio do programa de monitoramento de qualidade dos alimentos, no qual coletam alimentos e realizam amostras para o laboratório da Funed, em Belo Horizonte. Foi realizada a análise de diversas marcas de café em Minas, e nessa marca de Uberaba foram constatadas irregularidades no produto”, explica Luiza Vilela.

Em Uberaba, apenas nesta empresa fiscalizada houve notificações de irregularidades, mas outras também foram vistoriadas pela Funed.

A situação da fábrica foi considerada, instantaneamente, irregular na presença dos fiscais da Vigilância Sanitária. Foram encontrados ratos nos ambientes de torrefação e a gerente apresentou documentação de uma empresa antiga, com CNPJ já baixado, para tentar burlar o monitoramento. Ela foi presa, mas já colocada em liberdade após audiência em custódia. 

“Fiscais relataram que viram ratos na hora da fiscalização. A gerente foi presa por crime contra o consumidor, porque misturava mercadorias de qualidade diferentes e colocava os produtos à venda. Foram constatadas 83 ‘não conformidades’ no relatório finalizado pelos fiscais da Vigilância Sanitária. (…) A partir do momento que a gente soube do crime, por conta dos laudos da Funed, e percebemos que foi constatado que a empresa vendia rótulos do café com CNPJ de empresa já baixada, solicitamos apoio do Ministério Público e da Polícia Civil. Por isso, essa pessoa foi levada à delegacia”, esclareceu a chefe do Departamento.

Agora, a empresa tem que passar pelos trâmites legais de regularização dos documentos de alvará para poder reabrir as portas. A fábrica deve enviar ao Estado o projeto arquitetônico atualizado para dar o pontapé na liberação. O procedimento ainda não foi feito, até o fechamento desta matéria.

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