Secretário de Saúde nega má-fé na aplicação da vacina contra a Covid
O processo de vacinação segue levantando dúvidas, tanto em nível nacional e estadual quanto municipal. Desde a definição de prioridade e os fura-fila até a hipótese de aplicação irregular, o processo de imunização segue sendo um desafio para a administração. Em entrevista à Rádio JM, nesta segunda-feira (26), o secretário de Saúde explicou diversas questões e pontuou que não houve erro cometido de má fé em Uberaba.
Uma questão recente envolvendo a vacinação, em nível nacional, é a polêmica da aplicação de doses de marcas diferentes, o que interfere diretamente na imunização. O portal de notícias O Tempo realizou um levantamento na última semana, com dados de Minas Gerais, a partir das fichas registradas no Ministério da Saúde, que mostra que 2.360 pessoas tomaram a primeira dose da Covishield (AstraZeneca/Fiocruz) e o complemento da Coronavac (Sinovac/Butantan), enquanto outras 195 o oposto. O apontamento conta com 44 nomes de Uberaba.
Questionado sobre essa acusação, o secretário pontuou que não há informação na secretaria que confirme tais erros. “Vou ter que consultar o pessoal da área técnica, não sei te dizer isso, não tenho esses números, não sei se realmente aconteceu isso. Essa informação temos que checar e depois ver como devemos proceder para preservar a imunização dessas pessoas”, disse. A reportagem do Jornal da Manhã acionou a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde para esclarecer sobre essa checagem e aguarda posicionamento. O espaço está aberto à manifestação.
Outro ponto polêmico que repercute no país é a hipótese de aplicação de água ou outra substância que não seja a vacina, Sobre isso, Sétimo nega de forma categórica. Ele explica que não acredita que tenha ocorrido qualquer tipo de irregularidade por má fé. Complementou, inclusive, que apoia a maior transparência possível, e sugere que seja mostrada a seringa vazia para o paciente após a aplicação.
“A vacinação tem gerado muitas dúvidas, uma pessoa me reclamou que enquanto ela preenchia os papéis da mãe dela com o pessoal da parte escrita, o outro pessoal já vacinou a senhora e ela queria ter visto e filmado. Acho que é um momento de tanta alegria que as pessoas estão filmando, fotografando e documentando isso. É interessante, mas gera algum desconforto, esse assunto também iremos tratar na reunião de comissão. A pessoa quer ver o parente ser vacinado, eles querem que avise: “olha vou aplicar a vacina”. Vi em São Paulo, se não me engano, que as pessoas aplicam a vacina e mostram a seringa vazia para o paciente, creio que deve ser mais ou menos desse jeito, haja vista o tanto de problema que tem surgido nessa vacinação.”
Fonte: Jornal da Manhã