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Internações por covid-19 no Hospital Regional voltam a crescer e índice de mortalidade na unidade recua significativamente

Os patamares de exaustão hospitalar seguem moderados em Uberaba, mas as internações por covid-19 nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Regional alcançam estágio de alerta, nesta quarta-feira (28). De acordo com o diretor administrativo do HR, Frederico Ramos, todos os leitos de UTI covid do hospital estão ocupados nesta manhã, mas o perfil dos pacientes mudou completamente.

Em entrevista à Rádio JM, Frederico informou que os 50 leitos ativos para atendimento covid no HR estão ocupados, na manhã desta quarta-feira. Essa tendência, segundo ele, é de crescimento, e já vem sendo observada nas últimas semanas. Na enfermaria, apenas 49 dos 70 leitos estão sendo utilizados.

Entretanto, o gestor hospitalar explicou que o perfil dos pacientes internados com covid-19 mudou drasticamente. Hoje, são atendidos, na sua maioria, jovens de 20 a 40 anos, com tempo de internação maior, diminuindo a rotatividade de leitos. Frederico Ramos avalia que esse panorama é decorrente do avanço da vacinação, que fez com que o corpo médico se adequasse a períodos maiores de assistência.

A presença maior de jovens nas UTIs também fez diminuir o índice de mortalidade pela doença na unidade. A taxa de óbito nas internações, que era de 90%, está em 70% atualmente, o que é comemorado pelo diretor.

“Conforme evoluiu a vacinação, a internação de pacientes jovens aumentou. E esses pacientes costumam ter uma reserva fisiológica maior, e acabam ficando internados por mais tempo. A rotatividade diminuiu, com certeza. A nossa mortalidade diminuiu também: em março tivemos de 85% a 90% de pacientes de UTI evoluindo a óbito, e hoje já caímos para 70%. Isso também é reflexo da idade dos pacientes internados”, explica Frederico.

E apesar do aumento da demanda de leitos específicos, o diretor do HR descarta uma possível “terceira onda” da covid-19 em Uberaba. Ele afirma que para cravar uma nova onda é necessário que o sistema de saúde municipal esteja asfixiado, com poucos leitos de UTI e enfermaria disponíveis. Hoje, só no Hospital Regional são 21 leitos de clínica médica ativos e sem uso, o que garante uma certa estabilidade.

Ele também descarta a hipótese de abertura de novos leitos para a doença em outros hospitais da cidade, já que os ativos estão funcionando conforme demanda.

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