Gaeco cumpre mandados de busca e apreensão na 2ª fase da Operação ‘Oikos’ em Uberaba
Cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Uberaba, nesta quinta-feira (19), na segunda fase da Operação “Oikos”, que busca combater uma organização criminosa especializada em roubos a residências mediante violência e ameaças. Os trabalhos foram realizados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em conjunto com a Polícia Militar (PM) e a Polícia Penal de Minas Gerais.
Segundo o Gaeco, ao analisar os materiais apreendidos na primeira fase da operação, foram identificados outros alvos que podem estar envolvidos na organização criminosa. Então, foram solicitados à Justiça novos mandados de busca e apreensão, que resultaram na apreensão de celulares de suspeitos.
Durante o cumprimento dos mandados nesta quinta-feira, foi constatado que um dos alvos tem um mandado de prisão em aberto. Ele fugiu do local e a PM iniciou as buscas para tentar capturá-lo.
A operação – As investigações da Operação “Oikos” foram iniciadas após um roubo a residência no Bairro Jardim Espírito Santo, em Uberaba, no dia 11 de abril. Na ocasião, autores armados invadiram uma casa, renderam as vítimas de forma violenta e cometeram assalto.
Diante disso, o Gaeco solicitou à Justiça 2 mandados de prisão preventiva e 4 mandados de busca e apreensão.
“O objetivo foi cumprir as prisões dos ladrões que executaram o roubo e cumprir mandados de busca e apreensão contra esses mesmos ladrões e um terceiro elemento, para ver se a gente conseguiria angariar mais provas, inclusive sobre outros roubos e outros envolvidos em assalto a residências”, explicou o promotor de Justiça José Cícero Barbosa da Silva Junior, coordenador do Gaeco de Uberaba.
Durante as buscas na casa de um dos alvos, foram localizados uma blusa e um boné utilizado pelos criminosos no dia do roubo. Também foram apreendidas uma motocicleta com indícios de adulteração e porções de maconha.
Investigações – Segundo o promotor, há a suspeita de que os investigados possam ter atuado em outros crimes. José Cícero explicou que eles são investigados por roubo qualificado, com mais de uma pessoa, uso de arma de fogo, por fazer as vítimas reféns. A partir das provas que foram coletadas nesta quinta-feira, o Gaeco não descarta a identificação de uma possível quadrilha.
“Eles tinham como modo de atuação invadir a residência, ser muito agressivos na abordagem das vítimas, eram violentos, amarravam elas. Eles procuravam por dinheiro vivo, cofre e tinham uma rota de fuga pré-determinada”, completou.
O promotor ainda diz que outra ocorrência parecida pode ter relação com os investigados nesta operação.
“Nós já temos pelo menos mais um fato em que a forma de atuação foi idêntica, também tinha vítimas idosas, mesma forma de abordagem violência, que nos leva a crer que sejam os mesmos responsáveis”, finalizou.
Oikos – O nome da operação tem origem grega. A palavra “oikos” se refere a três conceitos relacionados na Grécia Antiga, que são: a família, a propriedade da família e a casa. Assim, as investigações tiveram como alvos responsáveis por violar a família, que foi feito refém e ameaçada, além de terem a propriedade roubada e a casa invadida.