Três paratletas de Uberaba tentam medalhas na Paralimpíada de Tóquio
Três atletas de Uberaba – José Carlos Chagas e Ercileide Silva, bocha, e Poliana Sousa, lançamento de dardo e arremesso de peso – vão representar a cidade nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, que começam na próxima terça-feira (24/8) e vão até 5 de setembro.
Poliana Sousa, que participa da classe F54 (para atletas que competem em cadeiras de rodas) vai para sua terceira Paralimpíada.
Apesar de convocada para Pequim em 2008, teve sua classificação funcional alterada e não chegou a competir. Já no Rio, conquistou o quarto lugar no lançamento de dardo e o quinto no arremesso de peso.
Poliana chega a Tóquio após bater, em junho, o recorde brasileiro no lançamento de dardo, com a marca de 15,54m, durante as seletivas paralímpicas. Ela lesionou a coluna aos 4 anos em um atropelamento.
Incentivada pela mãe, entrou na Associação dos Deficientes Físicos de Uberaba (Adefu) aos 11 anos, onde praticou vôlei, natação, tênis de mesa e basquete sentado.
Mas, aos 18 anos, se encontrou no lançamento de dardo e arremesso de peso, sendo campeã brasileira no Circuito Paralímpico Loterias Caixa desde 2008 e do Open Championchip desde 2011.
Títulos no currículo
José Carlos Chagas, atleta da bocha paraolímpica classe BC1 (atletas com paralisia cerebral que conseguem arremessar a bola) também tem experiência internacional e em paralímpiada.
Ele tem no currículo oito títulos brasileiros e dezenas de ouros no individual e em equipe em edições da Copa América, do Parapan e do Mundial, além da participação nos Jogos Paralímpicos de Londres e do Rio.
Em Tóquio, o atleta competirá no individual e em equipe, com Andreza Vitória, Maciel Santos e Natali de Faria.
A outra paratleta de Uberaba que competirá em Tóquio é a atleta da bocha paralímpica Ercileide Silva, classe BC4 (atletas com outras deficiências com dificuldade para arremessar).
Ela descobriu aos 13 anos que tinha distrofia muscular de cintura, doença rara que provoca degeneração muscular e fraqueza, sendo que começou a utilizar a cadeira de rodas aos 27 anos.
Em 2001, entrou na Adefu e dois anos depois, começou a praticar a bocha paralímpica na instituição. O seu primeiro campeonato foi em 2003 em Petrópolis (RJ), onde obteve medalha de prata nos pares BC4.
Desde então, não parou mais de praticar a modalidade, colecionando pódios nos campeonatos Brasileiro, Copa Brasil, Copa América e Parapan.
Na Paralimpíada de Tóquio, Ercileide competirá nos pares, com Eliseu dos Santos e Marcelo dos Santos.