Caminhoneiros da região admitem greve contra o alto preço do diesel
Líderes de caminhoneiros estão convocando a categoria para paralisação, a partir da próxima sexta-feira (3 de setembro), em protesto contra o preço dos combustíveis. O Jornal da Manhã foi informado da mobilização e falou com três profissionais de Uberaba, que admitiram possível greve se o movimento ganhar força. Todos reclamaram do alto preço dos combustíveis e se declararam a favor das manifestações.
Ronei Nunes, autônomo, dono de uma carreta caçamba, revelou ter sido chamado para a greve, mas disse que deve aguardar para ver se o movimento terá força. “Eu fui convocado, sim, para aderir à paralisação. Vou observar como será o movimento e, se tiver boa participação como estão falando, vou aderir também”, detalha.
Gerente de uma transportadora externou que a empresa onde ele trabalha já definiu até os locais onde as carretas deverão parar. No entanto, não quis dar mais detalhes e afirmou apenas que o patrão está extremamente insatisfeito com as condições de trabalho. “Temos carretas bicaçamba de nove eixos, todas com tanques grandes, e os abastecimentos estão custando mais de R$5 mil por carreta, quando para no posto. Não tem cabimento o que está acontecendo. Isso sem falar da falta de segurança nas rodovias e estradas em mau estado de conservação”, reclama.
Outro caminhoneiro autônomo também falou com a reportagem. Ele optou por não se identificar e projetou que a paralisação pode ser demorada. “Eu também fui chamado e, pelo que estão falando, não será uma paralisação de um dia ou dois. Parece que será algo demorado, como foi da última vez”, estima.
A principal reclamação do setor é o valor do diesel S500 e S10, que está tornando inviável o setor. A categoria está descontente com as promessas não cumpridas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).