Especial 203 anos: OS ANOS 50
Com 70 mil habitantes, 43 mil no perímetro urbano, a cidade já é notada no Brasil como um importante centro médico e de pesquisas na área de Saúde. O ministro da Saúde, Clemente Mariani, acompanhado do Secretário de Estado da Saúde, J. Baeta Viana, lança em Uberaba a primeira campanha nacional contra o Mal de Chagas, em eventos públicos e privados de grande pompa. Um banquete no restaurante Galo de Ouro, no Grande Hotel, reúne autoridades, a comunidade médica e pessoas notáveis da sociedade local. O Brasil está em processo eleitoral com a proximidade do fim do governo de Eurico Gaspar Dutra.
Getúlio Vargas, apeado do poder com o fim da ditadura do Estado Novo, está em campanha e coloca Uberaba em seu roteiro. Em 10 de setembro de 1950, uma multidão espera Vargas no aeroporto local e, entre estes, está o prefeito Boulanger Pucci. Subitamente, são disparados vários tiros. Um deles atinge o prefeito, que sobrevive após cirurgia de reparação do intestino. Na disputa local, o médico Antônio Próspero ganha a eleição para a Prefeitura de Uberaba, enquanto o professor Mário Palmério é eleito deputado federal, ambos pelo PTB, partido de Getúlio.
Na eleição de 1954, Artur de Melo Teixeira se elege prefeito, enquanto Palmério é reeleito para o segundo mandato na Câmara Federal. Nagib Cecílio, candidato mais votado para vereador, assume a presidência da Câmara. Em 1956, o jornal carioca Tribuna da Imprensa, de Carlos Lacerda, publica suplemento de oito páginas comemorativo do primeiro centenário de elevação de Uberaba a cidade. Para o povo uberabense, a publicação transformou-se em motivo de orgulho. Na mesma data, o historiador Gabriel Toti lança o Álbum de Uberaba, também em edição comemorativa.
