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Posturas de Uberaba já autuou mais de 500 imóveis por problemas na limpeza em 2023

Desde o começo do ano, o Departamento de Posturas realizou mais de 500 autuações contra imóveis irregulares, com excesso de sujeira, entulho, e com riscos à saúde da população. Além disso, há mais de 30 solicitações para que a Prefeitura realize a limpeza dos terrenos abandonados.

Em entrevista à Rádio JM, nesta sexta-feira (24), o chefe do Departamento de Posturas, Renê Inácio, comentou a dificuldade de regularização encontrada pela fiscalização. Proprietários omissos e excesso de sujeira são dois dos problemas enfrentados atualmente.

“Só esse ano, autuamos mais de 500 imóveis por essa questão de limpeza. Assim que conseguimos autuar, em uma possível reincidência na irregularidade, o município pode entrar e fazer a limpeza. E já fizemos mais de 30 solicitações à Secretaria de Serviços Urbanos e Obras (Sesurb) para aqueles imóveis emblemáticos, com materiais dentro, que podem ser focos de dengue. Reforçamos a cobrança, mas muitos não nos atendem na autuação”, revelou Renê.

No começo de março, inclusive, o Jornal da Manhã recebeu diversos relatos de imóveis com piscinas supostamente abandonadas, que poderiam servir de abrigo para focos de mosquito da dengue. Um imóvel na rua Amapá estaria causando transtornos para a vizinhança, e a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) respondeu à reportagem que seria feita uma fiscalização da área.

Dengue. De acordo com o último Levantamento de Índice Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa), realizado em janeiro, Uberaba está em risco de surto de dengue, conforme os parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Saúde. O primeiro levantamento realizado este ano apontou 8,40% de incidência do mosquito em janeiro, o que foi maior do que o resultado de 7,70% verificado no mesmo período de 2022. O último Boletim Epidemiológico da dengue, realizado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), aponta que Uberaba tem 1.246 novos prováveis casos de dengue. 

No estado, o LIRAa aponta que, dos 827 municípios que participaram do estudo, 321 deles (38,8%) apresentam o Índice de Infestação Predial (IIP) igual ou maior que 4 – ou seja, estão em situação de risco para a transmissão das doenças transmitidas pelo mosquito. Outros 337 municípios (40,8%) estão em alerta (índice de 1 a 4) e, em 169 (20,4%), o indicador foi classificado como satisfatório, pois o IIP é menor que 1.

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