Adolescente é apreendido após comprar R$ 1 mil em notas falsas pela internet
Um adolescente, de 17 anos, foi apreendido com diversas notas falsas de dinheiro no Bairro Parque das Gameleiras, em Uberaba, na noite de terça-feira (30). Outro menor, de 15 anos, que estava junto com ele, foi apreendido por delito análogo a receptação e condução por posse de drogas ilícitas. Confira dicas de como identificar uma nota de dinheiro falsificada e como proceder quando receber uma (veja mais abaixo).
Segundo Boletim de Ocorrência (BO), durante patrulha da Polícia Militar (PM) pelo bairro, os policiais notaram a atitude estranha de dois adolescentes que transitavam pela Avenida Nossa Senhora de Lourdes. Ao perceberem a presença da viatura policial, eles demonstraram nervosismo, mudando rapidamente de direção em que seguiam.
Em seguida, a dupla foi abordada pelos militares, que iniciaram as buscas pessoais. Com o adolescente de 15 anos, foi encontrada uma bucha de maconha, além de um celular com registro de ter sido roubado em novembro de 2019.
Já com o adolescente de 17 anos, na carteira dele, foram encontradas cinco cédulas de R$ 50 com indícios de serem falsificadas. Ao ser questionado, ele revelou que comprou R$ 1 mil em notas falsas pela internet e que pagou R$ 280 pelo produto. O adolescente também contou que o restante das cédulas estavam na casa dele.
Os militares foram até o local e encontraram R$ 600 em notas falsas e um comprovante de depósito da compra do produto. Perguntado sobre onde estariam o restante das cédulas falsificadas, ele não soube informar.
Os materiais e os adolescentes apreendidos foram encaminhados à delegacia acompanhados pelos representantes legais. Em nota, a Polícia Civil confirmou o registro de Boletim de Ocorrência Circunstanciado (BOC).
Como identificar uma nota falsa
População deve ficar atenta para não repassar notas falsas — Foto: Reprodução/TV Fronteira
Por causa de circulação de notas falsas em Uberaba, o G1 reuniu dicas de como identificar se o dinheiro é verdadeiro ou não com base em orientações dadas pelo Banco Central.
Segundo o órgão, existem, pelo menos, dez pontos de diferença que facilitam a identificação de uma cédula que não é verdadeira. É importante ficar atento à textura do papel, que é mais áspera que o papel comum, o alto relevo e olhar a marca d’água.
Ao segurar a cédula contra a luz, pode-se observar se aparecem as figuras que representam os animais, como uma marca d’água. Nas notas de R$ 10 e R$ 20, os números mudam de cor. Todas as notas contém um fio de segurança. As de R$ 50 e R$ 100 também têm uma faixa holográfica, que fica no canto da cédula.
O Banco Central também disponibiliza o aplicativo “Dinheiro Brasileiro”, que pode ajudar a tirar algumas dúvidas. Ele não reconhece se uma cédula é falsa ou verdadeira, mas auxilia na identificação dos elementos de segurança.
O funcionamento do aplicativo é simples. A própria câmera do celular ou do tablet reconhece a nota. O sistema exibe todos os itens de segurança que precisam ser verificados, como a marca d’água e o fio de segurança.
Na cédula de R$ 50, por exemplo, a onça muda de cor. A informação também aparece por escrito, em português, inglês e espanhol e vale para todas as notas das duas famílias do real: a nova e a antiga.
Além do aplicativo, o Banco Central tem uma página na internet que ajuda a identificar notas falsas.
Aplicativo ‘Dinheiro Brasileiro’ do Banco Central, auxilia na identificação de cédulas falsas — Foto: Reginaldo dos Santos/EPTV
O que fazer quando receber nota falsa?
Quem receber uma nota falsa deve procurar a Polícia Militar (PM) ou a Polícia Federal. Colocar em circulação, adquirir ou guardar nota falsa é crime, conforme o artigo 289 do Código Penal, e pode dar de três a 12 anos de prisão, além de multa.
A pessoa suspeita de colocar nota falsa em circulação é encaminhada à Polícia Federal, onde o delegado vai analisar o caso. Se confirmado que a pessoa cometeu o crime de moeda falsa, ela é presa e levada ao sistema penitenciário.
Caso o suspeito seja um adolescente, a atuação é da Polícia Civil, que vai encaminhá-lo ao juízo da infância e juventude, que vai determinar a medida a ser tomada.
