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Com casos de detentos com Covid-19, Penitenciária de Uberaba e Presídio de Araxá estão com visitas suspensas

As unidades prisionais de Uberaba e Araxá somam 20 casos de detentos com Covid-19, segundo o levantamento feito às 10h desta segunda-feira (14) pelo Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG). Não há casos confirmados da doença em outras unidades do Triângulo e Alto Paranaíba.

São 15 detentos infectados no Presídio de Araxá I e cinco na Penitenciária de Uberaba I. Em ambas unidades, que são da 5ª Região Integrada de Segurança Pública (5ª Risp), as visitas estão suspensas.

A suspensão é momentânea; tão logo os presos infectados recebam alta, as visitas presenciais serão retomadas. No momento, familiares de detentos das unidades com visitas suspensas podem entrar em contato com os presos por meio de chamadas de vídeo, telefone e cartas.

De acordo com o Depen-MG, os presos cumprem período de quarentena dentro da unidade prisional, acompanhados pelas equipes de saúde da unidade, assintomáticos ou com sintomas leves da doença. As alas em que se encontram foram isoladas, desinfectadas, e todos os servidores e demais detentos do local usam máscaras de forma preventiva.

Medidas adotadas

Segundo o Depen-MG, diversas ações estão sendo realizadas para prevenir e controlar a disseminação do coronavírus nas unidades prisionais de Minas Gerais. Veja abaixo:

Unidades portas de entrada: Todas as pessoas presas em Minas Gerais estão sendo encaminhadas para uma unidade específica em cada região e ficam, pelo menos, 15 dias, em quarentena e observação, evitando possível contágio caso fossem encaminhadas de imediato para outras unidades. Após a observação e atestada a sua saúde, são encaminhadas para as demais unidades prisionais do Estado. Na região, as unidades prisionais de Carmo do Paranaíba, Ituiutaba, Patos de Minas, Sacramento e Tupaciguara estão entre as 30 unidades de Minas Gerais que funcionam como centros de triagem.

Retomada gradual das visitas: as unidades prisionais receberão visitas presenciais, seguindo os protocolos previstos para a onda da macrorregião na qual estão localizadas, exceto aquelas que são classificadas como portas de entrada. Os familiares também podem ter contato com seus parentes de outras três formas: por meio de cartas, ligações telefônicas ou videoconferências nas unidades em que essa tecnologia já está disponível.

Cuidados com quem já está preso: no caso de presos que já se encontram no sistema prisional, caso apresentem sintomas da Covid-19, o protocolo é o seguinte: isolamento imediato, realização de exames e, em caso de confirmação, tratamento segundo protocolo da área da Saúde. Em todas as unidades em que há presos com Covid-19 confirmados, a desinfecção do ambiente também é imediata e todos os demais detentos passam a usar máscaras, de forma preventiva.

Evitar o contágio via profissionais de segurança: os profissionais estão com as escalas de trabalho dilatadas, de forma a diminuir a circulação desses servidores intra e extramuros.

Evitar a circulação de presos para realização de audiências: foram instalados equipamentos para a realização de videoconferências judiciais em todas as unidades prisionais que estão, aos poucos, se adaptando para uso dessa ferramenta. Com isso, evita-se o deslocamento da maioria dos presos para o ambiente extramuros e diminui-se o risco de contágio pelo coronavírus.

Limpeza geral e desinfecção de ambientes: as áreas estruturais como celas, pátios, áreas administrativas e técnicas, portarias, guaritas e, também, veículos estão passando por higienização reforçada, semanal, durante a pandemia.

Máscaras e EPIs: o sistema prisional está produzindo máscaras para uso nas próprias unidades e segurança de todos. No interior das unidades prisionais já foram produzidas 3,5 milhões de máscaras por custodiados. Todos os servidores são obrigados a circular no interior das unidades de EPIs.

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