Concessionárias de ônibus não dão reajuste e sindicato fala em greve
Sem reajuste salarial, trabalhadores do transporte coletivo em Uberaba podem paralisar atividades em Uberaba. A primeira rodada de negociações com as empresas de ônibus ocorreu ontem, mas nenhuma contraproposta foi apresentada à categoria. A deflagração de greve será discutida em assembleia, que deve acontecer até o fim deste mês.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Coletivo Urbano de Passageiros (Sintracol), Roberto Alexandre Vieira, explica que a pauta de reivindicações foi apresentada em agosto do ano passado e uma contraproposta era aguardada desde então. “Devido à pandemia de coronavírus, deixamos para negociar em janeiro. Esperamos seis meses para dar um fôlego e as empresas respirarem, mas chegaram sem nenhuma proposta salarial para os trabalhadores, alegando as dificuldades e a crise sanitária”, pondera.
Na época, a categoria havia pedido reajuste salarial de 8% e aumento do tíquete-alimentação de R$856 para R$1.020. De acordo com o sindicalista, não houve avanço na primeira rodada de negociações ontem. “Não entramos em acordo porque não teve proposta. A resposta foi não ter aumento. Vamos passar para toda a categoria que não teve avanço nas negociações”, manifesta.
De acordo com o sindicalista, a negativa de reajuste será levada para discussão em assembleia e a possibilidade de paralisar atividades para pressionar uma contraproposta das empresas não está descartada. “Vamos deixar na mão do trabalhador. Com certeza, o trabalhador está muito insatisfeito com o salário e não descarta a greve”, acrescenta.
Por outro lado, o sindicalista reforça que não há uma data prevista para a deflagração do movimento, pois o assunto ainda precisa ser analisado em assembleia. Ele explica que a reunião com a categoria não foi marcada até o momento devido às restrições sanitárias em função da pandemia, porém a expectativa é que a convenção ocorra ainda em fevereiro para deliberar sobre a campanha salarial.
Fonte: Jornal da Manhã