Drogas sintéticas são encontradas em rolo de papel higiênico enviado por Correios a preso da Penitenciária
Na manhã de quarta-feira (10), foram encontradas 75 frações das drogas sintéticas K4 e K10 escondidas dentro de rolo de papel higiênico enviadas pelo Correios para um detento da Penitenciária de Uberaba. Segundo a unidade, as drogas foram localizadas durante análise por raio-x.
O procedimento feito nos produtos é padrão de censura que ocorre em todos envios que chegam na penitenciária, para que haja um controle sobre o que entra na unidade.
Em contato com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), que informou que o detento que receberia os itens será submetido a um procedimento administrativo da comissão disciplinar da penitenciária.
Segundo a pasta, a direção da unidade prisional lavrou o Registro de Evento de Defesa Social (Reds) e encaminhou as apreensões para a Polícia Civil, responsável pelas investigações criminais.
Também entramos em contato com os Correios para se manifestarem sobre a ocorrência, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
Outras ocorrências
Pelo menos outras duas vezes, neste ano, a direção da Penitenciária de Uberaba apreendeu drogas enviadas pelos Correios à unidade.
Em janeiro deste ano, os policiais penais encontraram substâncias ilícitas pelos menos duas vezes durante o raio-x. Em um primeiro caso foi descoberto 100 frações de LSD dentro do rolo de papel higiênico.
Na segunda ocorrência, localizaram 108 unidades da mesmo drogas, escondidas do mesmo jeito. As duas ocorrências aconteceram na mesma semana. Em fevereiro, os policias encontraram mais 78 adesivos de LSD dentro de um caderno.
Nos casos passados, a Sejusp afirmou que os presos que receberiam as encomendas seriam ouvidos pelo conselho disciplinar e ficariam impedidos de receber kits até que as investigações terminassem. Além disso, a Sejusp informou que o remetente do Sedex teria o cadastro cancelado.
Nas mesmas ocorrências, o Correios informou que os empregados atuam de forma diligente visando identificar postagens cujo conteúdo esteja em desacordo com a legislação e que, inclusive, muitas operações policiais começam após a identificação via raio-x na fiscalização de produtos.
Na época, também, os Correios afirmaram que é responsabilidade do remetente apresentar nota fiscal ou declaração do conteúdo enviado, no ato da postagem.