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Gaeco de Uberaba deflagra operação contra roubo de cargas e tráfico de drogas

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Regional de Uberaba, deflagrou na manhã da quinta-feira (16), a Operação Divisa Integrada contra integrantes de uma organização criminosa especializada em roubo e furto de tratores, carretas, maquinas e caminhões. A facção, que também agia no desvio de cargas e no tráfico drogas, atuava numa parceria entre criminosos de Minas, do Mato Grosso do Sul, de São Paulo e de Goiás.  

Ao todo, durante a operação, foram cumpridos um mandado de prisão e 13 de busca e apreensão. Destes, seis em Ribeirão Preto (SP), dois em Goiânia (GO), dois em Fronteira (MG), dois em Amambai (MS) e um em Dourados (MS). Também foi determinado o sequestro de bens e ativos financeiros dos envolvidos no valor de R$ 1 milhão. Além da prisão efetuada em decorrência do mandado expedido pela Justiça de Itapagipe (MG), outra foi cumprida em flagrante delito por posse ilegal de arma de fogo e de munições. O material foi apreendido.  

Durante a investigação, iniciada em outubro de 2021, foram identificadas ocorrências de furtos e roubos de tratores, principalmente no Estado de São Paulo. Num desses delitos, um dos integrantes da organização foi preso, transportando dois tratores roubados da marca John Deere, avaliados em R$ 1,2 milhão. Na ocasião, o equipamento foi aprendido.  

“Graças a interceptações telefônicas e telemáticas, postuladas junto ao juízo de Itapagipe, permitiram identificar essas pessoas negociando abertamente defensivos agrícolas roubados e o planejamento de furtos de máquinas agrícolas. Tem inclusive a conversa de um motorista de caminhão, que transportava um trator e ao chegar em um canavial desconfiou que o transporte era de máquina roubada e desiste do frete. A conversa foi com um dos alvos da investigação”, relatou o promotor de Justiça, José Cícero Barbosa.

De acordo com a apuração, a quadrilha era estruturada tanto para realizar os furtos e roubos dos veículos, quanto para o transporte e armazenamento do maquinário. A facção ainda contava com dois receptadores que adquiriam os produtos a preço inferior ao valor real.  

Além do MPMG, participaram da operação integrantes da 69º Batalhão de Polícia Militar e do Departamento Penitenciário de Minas Gerais, dos Gaecos de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás, com as respectivas Polícias Militares.   

O nome da operação faz menção aos locais de atuação da organização criminosa, bem como às forças estatais de Minas, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiânia, que atuaram de maneira conjunta para desarticular a organização criminosa. 

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