Uncategorized

Mário Palmério adquire nova tecnologia e se torna referência em hemodiálise

O Mário Palmério Hospital Universitário (MPHU) irá oferecer tratamento contínuo de hemodiálise aos pacientes com Insuficiência Renal Aguda (IRA), após aquisição de uma nova tecnologia. Trata-se da implantação da PrismaFlex, uma máquina que realiza a diálise contínua – de 24h a 72h – e que consegue retirar o líquido e “limpar” o sangue de maneira lenta, porém efetiva e com menor instabilidade para o paciente. Esta será a primeira vez que Uberaba receberá esse tipo de procedimento.

Segundo o coordenador do Serviço de Nefrologia, Diálise e Transplante Renal do MPHU, Fabiano Bichuette, a nova implantação visa ajudar até 50% dos pacientes críticos internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). “Esse será um grande ganho, não só para o MPHU, mas para a cidade de Uberaba. A máquina, além de diálise contínua, faz também a plasmaferese técnica, usada para tratamento de doenças autoimunes e rejeição por anticorpos nos transplantes renais, além da possibilidade de remoção das citocinas inflamatórias, envolvidas na lesão sistêmica pelo Covid”, compartilha.

A hemodiálise convencional, realizada por até 4 horas seguidas, continuará sendo utilizada em pacientes com casos menos graves. Em pacientes com quadros críticos, esse tratamento pode causar queda da pressão e piorar o quadro clínico de quem está na UTI.

“Essa é a primeira vez que os pacientes com disfunção renal aguda, em Uberaba,  terão esse tipo de equipamento à disposição para tratamento de hemodiálise. Essa iniciativa beneficiará muitos pacientes críticos, sejam eles Covid positivo ou não”, pontua Bichuette.

Cuidados na pandemia

Durante a pandemia da Covid-19, algumas medidas de segurança tiveram que ser intensificadas. Os quase 90 pacientes em hemodiálise contam com todas as medidas de segurança, inclusive com salas separadas para os casos positivos de Covid.

Segundo Bichuette, o número de pacientes críticos em UTIs aumentou consideravelmente com a pandemia do Coronavírus. “50% a 70% dos pacientes graves que estão intubados evoluem para  Insuficiência Renal Aguda (IRA), com a paralisação temporária do funcionamento renal e, a partir de então, vem a necessidade de hemodiálise”, explica o médico nefrologista.

Entre as medidas de segurança e prevenção durante a pandemia, o Serviço de Nefrologia, Diálise e Transplante Renal do MPHU criou salas isoladas para o tratamento de pacientes que testaram positivo para Covid-19.

Transplantes renais

O ano de 2021 começou com boas notícias, trazidas pela equipe do Serviço de Nefrologia, Diálise e Transplante Renal do MPHU. Ao todo, já foram realizados seis transplantes renais. Somente em janeiro, foram cinco, sendo um com doador vivo. Segundo o coordenador e médico nefrologista, Fabiano Bichuette, mesmo com a pandemia, os atendimentos pré e pós transplante não pararam.

Em mais de cinco anos de programa, já foram realizados 81 transplantes. Apesar das dificuldades advindas da pandemia da Covid-19, os procedimentos continuaram em 2020, fechando o ano com mais de 10 cirurgias.

Mesmo com as dificuldades, Bichuette comemora o sucesso do programa e os transplantes já realizados este ano. Reforça, também, que o programa de transplante renal do MPHU tem taxas de sobrevida e rins funcionantes acima de 92%, em comparação com grandes centros de referência na área. “Já começamos com boas notícias em 2021 e temos uma grande expectativa de aumentar esse número e chegar a pelo menos 25 transplantes renais ao final do ano”, finaliza.

Fonte: Jornal da Manhã

Deixe um comentário

Agenda de Eventos