MPHU improvisa UTI na enfermaria para atender paciente SUS com Covid-19
Após a abertura de novos leitos para pacientes Covid no município, o Mário Palmério Hospital Universitário ampliou o atendimento público. Contudo, o credenciamento junto ao Sistema Único de Saúde não prevê leitos de unidade de terapia intensiva para pacientes graves e, para que os pacientes já admitidos na unidade hospitalar cujo quadro apresenta piora não ficarem desassistidos, o MPHU trouxe solução alternativa e improvisa UTI na enfermaria até que o paciente tenha vaga para ser transferido para o Hospital Regional, que é referência SUS em Uberaba para o atendimento à Covid-19, ou ao Hospital de Clínicas da UFTM. As informações são do diretor técnico do MPHU, Galvani Agrelli.
O médico explica que o Mário Palmério tem atualmente 28 leitos de enfermaria disponíveis para pacientes Covid em Uberaba. “Os pacientes que agravam nós damos assistência e colocamos no sistema para transferir para o Hospital Regional ou para o Hospital Escola”, afirma o diretor técnico. Galvani Agrelli ainda pondera que os leitos de UTI do hospital não podem ser disponibilizados à internação de pacientes Covid e, por isso, os pacientes infectados não são transferidos para esses leitos para que não haja transmissão do vírus a outros pacientes.
Com a lotação de leitos em outros hospitais, a equipe médica do Mário Palmério precisou encontrar uma saída para os pacientes do SUS que pioram. E essa solução é a montagem de leitos de terapia intensiva nas enfermarias. “Nós montamos uma UTI na enfermaria, ligamos os respiradores, os motores, fazemos como se fosse uma UTI na enfermaria, até liberar essa vaga. O paciente não fica desassistido em nenhum momento”, explica Galvani.
KIT INTUBAÇÃO. Questionado sobre como o hospital tem lidado com a falta de medicamentos para intubação de pacientes com quadro agravado, o diretor técnico do Mário Palmério Hospital Universitário esclarece o uso de medicamentos semelhantes para manter a sedação.
Nesse sentido, segundo Galvani Agrelli, são medicamentos com funções semelhantes, mas de marcas diferentes. “Vamos dizer assim que não é um medicamento de primeira linha, mas a gente tem como utilizar outros medicamentos. Para cada caso, a gente tem aqueles que são melhores, que relaxam mais o pulmão, não altera tanto a pressão arterial. Então nós temos que buscar alternativas quanto isso, além de buscar no mercado outras formas de compra, inclusive a nível internacional”, relata.
A alternativa é amplamente usada em outras unidades hospitalares, inclusive em Uberaba. Por fim, Galvani Agrelli afirma que, apesar de ser mais demorada e burocrática, a compra internacional não é descartada, sendo considerada inclusive associação com outros hospitais para este fim.
Fonte: Jornal da Manhã