Política

SRS capacita agentes de saúde sobre gripe aviária em Uberaba

A Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Uberaba promoveu a capacitação de agentes de saúde para o enfrentamento de casos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), causada pelo vírus A (H5N1), também conhecida como gripe aviária.

De acordo com dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Brasil possui 85 casos confirmados do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade. Em Uberaba, não há registros de casos da doença. Ainda conforme o Mapa, foram investigadas 1.739 amostras suspeitas de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves, cujas doenças-alvo são Influenza Aviária e Doença de Newcastle. A suspeita pode ser descartada com base na avaliação clínico-epidemiológica realizada pelo Médico Veterinário Oficial, encerrando-se a investigação sem a necessidade de coleta de amostras para diagnóstico laboratorial.

De acordo com a referência técnica em Sistemas de Informação em Saúde, Gislaine Chagas, responsável pela capacitação, “a tecnologia de informação é um instrumento que facilita a tomada de decisões em saúde pública e permite mais autonomia às secretarias municipais de saúde, o que é fundamental para auxiliar a conter a disseminação de surtos e agravos transmissíveis”.

Denise Maciel, coordenadora de Vigilância Epidemiológica da SRS Uberaba, destaca que “a superintendência mantém contato constante com instituições parceiras neste enfrentamento, como o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), a Polícia Militar de Meio Ambiente de Minas Gerais (PMMG) e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater). Juntos, vamos promover reuniões microrregionais de alinhamento, previstas para ocorrer entre agosto e setembro. Além disso, já estamos participando de eventos direcionados a pequenos produtores, enviando comunicados relevantes e realizando reuniões de orientação”, conclui a coordenadora.

O Mapa informa que não há pessoas infectadas no Brasil, e a transmissão de humano para humano também não foi relatada nas Américas ou globalmente, conforme a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). Atualmente, não existem vacinas disponíveis para humanos contra essa doença, e as vacinas para aves não apresentam uma eficácia de 100%, estando ainda em fase de estudos.

É considerado um caso suspeito primário aquele em que a pessoa foi exposta a aves doentes e apresenta pelo menos dois dos seguintes sintomas: febre (igual ou superior a 38°C) ou histórico de febre, sintomas respiratórios (tosse, congestão nasal, coriza, dor de garganta e dificuldade para respirar), sintomas gastrointestinais (náuseas, vômitos e diarreia), mialgia, cefaleia e/ou conjuntivite.

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