Uberabenses são presos na operação “Segunda Pele”
Dois uberabenses foram presos durante uma operação conjunta entre instituições de Segurança Pública, Ministério Público de Minas Gerais. Eles são acusados de sonegação tributária, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
A operação “Segunda Pele” foi realizada em várias partes do estado, onde foram cumpridos mandados de prisão e busca e apreensão em cidades da Zona da Mata, Vale do Aço, Sul de Minas, Centro-Oeste, Norte, Alto Paranaíba e Triângulo Mineiro.
Segundo informações do promotor do Ministério Público do Grupo de Atuação e Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Diego Espíndola, a operação é continuação da operação “Boi no Papel” realizada na cidade de Santa Vitória no ano passado, onde os investigadores descobriram o esquema criminoso praticado no setor de comércio de couro derivado do abate de animais. Na época um empresário foi investigado e constatado que ele utilizava a empresas fantasmas para retirar notas falsas do couro vendido após o abate de animais para curtumes e em seguida comerciantes de outros estados. Após a prisão do articulador começaram as investigações da operação “Segunda Pele” que identificou mais 39 pessoas envolvidas no esquema criminoso.
De acordo com informações do Delegado Fiscal da secretaria da fazenda em Uberaba José Carlos Aparecido, nos últimos cinco anos os criminosos deram prejuízo aos cofres Públicos do Estado no valor de R$ 62 milhões. Na manhã de ontem policiais civis, militares além de integrantes do Gaeco, Secretaria Estadual da Fazenda, Ministério Público e Receita Estadual cumpriram os mandados de prisão e também de busca e apreensão.
Em Uberaba um empresário e a filha de outro empresário foram presos acusados de participação no esquema fraudulento que utilizava as notas fiscais falsas produzidas por empresas “fantasmas” através de “laranjas ” e usadas para abater em créditos no estado e não realizar o pagamento dos tributos após a venda dos couros dos animais para comerciantes de outros estados do país.
Vários documentos, computadores, além de mais de R$ 260 mil em dinheiro foram apreendidos e levados até a sede da Receita Estadual e posteriormente para o Ministério Público. Os presos na operação foram levados para as respectivas delegacias e apresentados aos delegados que confirmaram as prisões. Posteriormente todos foram levados para penitenciárias dos municípios onde foram detidos.
De acordo com informações do promotor do Gaeco de Uberlândia Diego Oliveira, as investigações continuam e mais pessoas podem ser presas, ” nós vamos analisar todos os materiais apreendidos e depois indiciar desenvolvidos, mas as investigações continuam em mais pessoas que participam desta organização criminosa podem ser presas”, finalizou Oliveira.
Fonte: Jornal de Uberaba