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UFO? Ovni de origem extraterrestre? Lixo espacial? A Luz verde em movimento visto nesta segunda-feira 

Por Fernanda Pires Pesquisadora de Campo Certificada pela MUFON Global e Fundadora do CIFE

Na noite de Segunda (19), pontos de luzes em movimento foram avistados nas cidades de Uberaba, Uberlândia, Ituiutaba e Araguari. Publicações foram feitas no Twitter e diversas redes de comunicação de moradores de Varginha, Belo Horizonte, Barbacena e de outros estados, como São Paulo e Goiás. 
Especialistas do CIFE (Canal Informativo de Fontes/Fenômenos Extraterrestres e Espaciais) revela que, os rastros de luz verde que atravessou o céu nesta segunda (19) se trata de um meteoro, que entrou na atmosfera por volta das 18h40 aproximadamente. Outra possibilidade, é que poderia ser lixo espacial, como fragmentos de satélite. De qualquer forma, não podemos descartar outras hipóteses e ainda não há informações a queda dos detritos. 


Quando objetos espaciais entram na atmosfera (o que chamamos de meteoro), mas não se queimam completamente nessa entrada, os fragmentos que acabam caindo na superfície da Terra são chamados de meteoritos.


Os meteoros são apenas o fenômeno luminoso gerado pela passagem atmosférica de um fragmento de rocha espacial. E normalmente as cores de um meteoro são vermelho, verde e azul que são também as mesmas observadas nas aurolas polares, essas cores são emetidas principalmente pelo oxigênio atômico, pelo nitrogênio molecular ionizado, gazes predominantes nas camadas atmosféricas onde ocorrem as auroras.
A cor dos meteoros irão depender basicamente da camada atmosférica por onde ele está passando, sendo que, nas camadas mais altas acima dos 70km os meteoros são comumente esverdeados como foi visto nesta Segunda ou podem ser também azulados, abaixo disso, apresentam cores mais avermelhadas.

Asteróides, meteoros, meteoritos, cometas: entenda a diferença entre eles: 

Primeiramente, para entender exatamente o que são esses objetos, é preciso voltar um pouco na história até o momento em que todos pertenciam à mesma coisa: o pó. Sim, no princípio do Sistema Solar, tudo que existia era uma enorme nuvem de gases e poeira cósmica em forma de disco, girando em torno de um centro de gravidade comum. 
O hidrogênio e o hélio eram, e ainda são, os elementos mais abundantes do universo e, devido à ação da gravidade, eles começaram a se concentrar no centro dessa nuvem, formando uma enorme esfera de gases. 
Em algum momento, há cerca de 4,6 bilhões de anos, uma explosão de supernova ocorreu em nossa vizinhança, e o calor liberado por esse evento forneceu a energia que faltava para que aquela imensa esfera de gás iniciasse o processo de fusão nuclear em seu interior, dando origem ao nosso Sol.
Em torno do astro, as partículas de poeira cósmica derreteram com o calor e começaram a se aglutinar em pequenas gotículas de metal e rocha derretidos. Os ventos solares varreram os materiais mais voláteis, como gases e água, para as regiões mais distantes do Sistema Solar. Tanto esses gases quanto as gotículas de material derretido começaram a se solidificar à medida que a temperatura caía, continuando a se chocar e se fundir.
Após alguns milhões de anos, esse processo já havia formado todos os planetas do nosso sistema: os rochosos, mais próximos do Sol (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte), e, um pouco mais afastados, os gigantes gasosos (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno). 
Em torno de vários desses planetas, também se desenvolveram satélites, cada um com um processo de formação distinto. Alguns, juntos com o planeta, outros, capturados por sua gravidade. E, em alguns casos, como parece ser o da Lua, a partir do material ejetado de um grande impacto com o corpo planetário.
Enquanto uma boa parte do material presente naquela nuvem de gás e poeira foi destinado para formar o Sol, os planetas e os satélites, outra parcela também se aglutinou e formou corpos menores, os chamados planetas anões. No entanto, ainda assim, sobrou muito material de construção do Sistema Solar.
Ainda hoje, uma quantidade significativa de matéria remanescente do processo de formação orbita o Sol, e é justamente dessas sobras que surgem os meteoros, meteoritos, cometas e asteroides.

Aprendendendo a diferença entre esses Fenômenos:

Cometas: são rochas espaciais com órbitas alongadas, por isso, se aproximam e se distanciam do Sol de uma forma muito exagerada. Os cometas possuem gelo de água, metano e amônia em sua composição, o que cria sua coma (pequena atmosfera) e cauda quando se aproximam da nossa estrela. Cometas de longo período (que levam mais de 200 anos para completar uma volta ao redor do Sol) se originam da Nuvem de Oort; já os cometas de curto período (que completam uma volta ao redor do Sol em menos de 200 anos) têm origem no Cinturão de Kuiper.

Asteroides: são rochas espaciais parecidas com os cometas, mas que não possuem órbitas tão excêntricas e nem quantidades consideráveis de gelo de água, metano e amônia que possam sublimar. Mesmo quando são perturbados por alguma interação gravitacional que os lançam para bem próximo do Sol, eles não desenvolvem coma e cauda como os cometas fazem. A grande maioria dos asteroides situa-se no Cinturão Principal, que fica entre as órbitas de Marte e Júpiter.

Meteoróides: são fragmentos de materiais que vagueiam pelo espaço e possuem dimensões significativamente menores que um asteroide e significativamente maiores que um átomo ou molécula, distinguindo-nos dos asteroides – objetos maiores, ou da poeira interestelar – objetos micrométricos ou menores. Os meteoróides derivam de corpos celestes como cometas e asteróides e podem ter origem em ejeções a de cometas que se encontram em aproximação ao sol, na colisão entre dois asteróides, ou mesmo ser um fragmento de sobra da criação do sistema solar. Ao entrar em contato com a atmosfera de um planeta, um meteoróide dá origem a um meteoro. Os meteoróides são como pedregulhos que se desprendem de grandes rochas e ficam à deriva no espaço.

Meteoro: são chamado popularmente de estrela cadente, designa-se o fenômeno luminoso observado quando da passagem de um meteoroide pela atmosfera terrestre. Este fenômeno que pode apresentar várias cores, que são dependentes da velocidade e da composição do meteoróide, um rastro, que pode ser designado por persistente, se tiver duração apreciável no tempo, e pode apresentar também registro de sons. A aparição dos meteoros pode-se dar sob duas formas: uma delas são as designadas “chuvas de meteoros” ou “chuva de estrelas cadentes” ou simplesmente “chuva de estrelas”, em que os meteoros parecem provir do mesmo ponto do céu noturno, denominado de radiante. Outra forma é a de “meteoros esporádicos”. As chamadas chuvas de meteoros, também conhecidas por chuvas de estrelas, tem origem precisamente em matéria expelida dos cometas, pois quando a Terra cruza com a região do espaço onde está essa matéria, torna-se possível observar um considerável número de meteoros que parecem vir de um ponto específico do céu, chamado de radiante. Os meteoros são popularmente conhecidos como “estrelas cadentes”, e o nome meteoro se refere apenas ao efeito luminoso, ou seja, ao brilho que risca o céu.

Meteoritos: são os fragmentos especiais que chegam até a super´ficie da Terra. Qualquer rocha espacial que atravessa a atmosfera da Terra e toca o solo, seja um asteroide ou um meteoroide, esse objeto passa a ser chamado de meteorito. Ou seja: um asteroide ou um cometa pode perder algum fragmento (meteoroide) que fica à deriva no espaço. Esse meteoroide, quando chega na atmosfera da Terra (ou de outro planeta) dá origem ao efeito luminoso chamado meteoro. Se alguma parte desse fragmento sobreviver, e tocar o solo, então teremos um meteorito. Um meteorito, por sua vez, pode ser menor do que um grão de arroz, ou maior do que uma casa. O que vai determinar o tamanho de um meteorito é o objeto de origem, ou seja, se era um meteoroide ou um asteroide propriamente.

Aerolitos: são os meteoritos rochosos, mas diferente de um meteorito (que só ganha esse nome quando atinge a superfície de um planeta), os aerolitos englobam também os meteoroides rochosos. Ou seja, aerolito é um fragmento que pode assim ser chamado estando no espaço ou na Terra. Essa definição é pouco usada no meio científico, justamente por não ser precisa, afinal, pode ser um objeto encontrado na Terra ou no espaço.

Este artigo também poderá ser encontrado no CIFE www.cife.ca
Canal Informativo de Fontes/Fenômenos Extraterrestres e Espaciais – Scientific Channel of UFOs Phenomena & Space Research

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